Você pode ser um esquimó, em pleno Pólo Norte ou um ribeirinho de algum país da Ásia – não importa sua formação ou atividade, todos os seres humanos necessitam de nutrientes. Claro, em diferentes quantidades e variedade, mas todos nós precisamos nos nutrir para sobreviver e nos desenvolver.
A alimentação é a fonte de nossa energia. Mas de onde vem os nutrientes de nossos alimentos? Um solo pobre em substâncias pode nos trazer os nutrientes que precisamos? É possível trazer ainda mais força e vitalidade para uma fruta ou legume? Como podemos incrementar a qualidade de nosso hortifrúti?
Sempre atento à ciência e buscando excelência, a Fazenda Univale está de olho bem atento ao programa de biofortificação de alimentos ou a Rede BioFORT.
A Rede BioFORT é o conjunto de projetos, coordenados pela Embrapa, responsável pela biofortificação de alimentos no Brasil. No Brasil foi iniciada pelo Projeto HarvestPlus e financiado pela fundação Bill & Melinda Gates e pelo Banco Mundial, entre outros, e também inclui o projeto AgroSalud, financiado pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), ambos coordenados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos. Quatorze unidades da Embrapa fazem parte do BioFORT, que conta, ainda, com uma extensa rede de parcerias (universidades, prefeituras, governos estaduais e associações de produtores). Ao todo, cerca de 200 pesquisadores, técnicos e parceiros estão envolvidos no projeto.
A biofortificação é uma prática importante utilizada para aumentar a concentração de minerais e vitaminas nos produtos agrícolas visando melhorar a dieta e a saúde humana e animal.
O Dr. Luiz Roberto Guimarães Guilherme, engenheiro agrônomo, Ph.D. em Ciência do Solo, Professor Titular do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras é coordenador no Brasil, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), de um projeto internacional de biofortificação de alimentos.
Ele explica: “Muitas vezes as plantas tem dificuldade de acumular adequadamente nutrientes, pois eles não existem em grandes quantidades nos solos. Esse problema ocorre muito no Brasil. Então, é preciso adicionar nutrientes ao ambiente no qual as plantas estão crescendo, pelo processo da biofortificação agronômica. Os nutrientes podem ser adicionados ao solo ou pulverizados nas folhas. Os métodos também podem ser complementares”. Ou seja, nós nutrimos o solo, ele nutre os alimentos e assim esses nutrientes chegam até nós.
Mas e a Fazenda Univale?
Yes, nós temos biofortificação!
Com Prof. Dra Juliana Domingues Lima, Dr. José Carlos de Mendonça e Dr. Silvio Guatura Romão e apoio da Embrapa, a Fazenda Univale participa neste momento de uma pesquisa que tem como objetivo incrementar as concentrações de nutrientes na polpa da banana. Sim, uma super banana – com mais Vitamina A, B caroteno, Vitamina D, entre outros nutrientes.
O processo é longo, com todo rigor científico, e vai desde análise microbiológica do solo até avaliação da banana após amadurecimento. Tudo para fortalecer nossas frutas e trazer mais qualidade para nosso consumidor.
A biofortificação agronômica é realizada por meio da aplicação de adubos contendo nutrientes indispensáveis ao adequado desenvolvimento das plantas e/ou dos animais, como zinco, ferro, selênio e iodo. Essa prática tem sido bem utilizada para enriquecer alimentos demandados pela maior parte da população, os chamados alimentos básicos, como arroz, feijão, milho, mandioca, trigo, abóbora e batata-doce.